A Mentalidade Mamba - Resenha crítica - Kobe Bryant
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A Mentalidade Mamba - resenha crítica

A Mentalidade Mamba Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Esportes

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Mamba Mentality

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-0-374-71915-9

Editora: MCD

Resenha crítica

Kobe Bryant é um dos mais talentosos atletas da história, tendo conquistado 5 títulos da NBA e duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de 2008 e 2012, entre outros inúmeros feitos.

Neste microbook, você vai aprender os princípios que Bryant seguiu em sua trajetória, a fim de extrair valiosos exemplos para o seu próprio aprimoramento. Ouça agora em 12 minutos!

The Mamba mentality

Os colegas de Kobe Bryant afirmam que foi a sua força mental que o alçou à grandeza. O atleta tinha um dos mais determinados de seu tempo, não somente entre os jogadores profissionais de basquete, mas em relação a quaisquer seres humanos.

Dessa forma, Bryant passou a cultivar seu próprio sistema de pensamento. Em termos resumidos, a mentalidade Mamba refere-se a “tentar ser melhor a cada dia”. Essa é a mais simples forma de se aprimorar em qualquer área de atuação.

De onde se originou a mentalidade Mamba?

No fim de sua carreira, Bryant sofria com cirurgias e inúmeras lesões. Nesses momentos, ele encontrou apoio em uma brincadeira realizada nas redes sociais e que se tornaria o seu mantra. O autor pensou que a expressão “mentalidade Mamba” era apenas uma cativante hashtag a ser usada no Twitter. Algo memorável e espirituoso.

Esse nome foi escolhido após o atleta assistir ao filme Kill Bill. Na trama, um assassino elimina outro personagem por meio de uma cobra venenosa. Kobe observou a natureza do temperamento, ataque, mordida e comprimento da cobra, ficando encantado pela forma como esses animais eliminam a própria pele – uma alusão ao crescimento e desenvolvimento do seu antigo “Eu”.

Embora algumas pessoas tenham certas habilidades ou atributos naturais, como o próprio talento de Bryant, o que diferencia o extraordinário do comum é o aperfeiçoamento, o foco, o tempo e a dedicação. Kobe sabia muito bem disso.

Afinal, não se trata de buscar resultados. Trata-se, antes de mais nada, de um processo que leve até a obtenção desses resultados, incluindo a abordagem e a jornada. Algo que Bryant chamava de “modo de vida”.

A importância do hiperfoco

A rotina de Bryant era cansativa. Com efeito, ele acordava bem cedo e dormia tarde da noite. Nesse ínterim, havia estudos com filmes, recuperações, treinamentos, levantamentos, alongamentos etc. Não obstante, as rotinas de pré-treinamento adotadas podiam variar de acordo com as condições de seu corpo, ou de como ele se sentia naquele dia.

Por exemplo, se estivesse muito cansado, tiraria um cochilo, e assim em diante. Variava, também, contra quem estava enfrentando e as circunstâncias nas quais o próximo jogo seria disputado. Por isso, muitos jogadores tendem a reduzir seu treinamento e levantamento durante a temporada, na tentativa de conservar ao máximo sua energia.

Bryant descobriu que essas atividades podem ser extenuantes no cotidiano, porém, era o que fazia com que ele se tornasse mais forte e preparado para os chamados “dias de cão”, sempre existentes ao longo das temporadas mais extensas e durante os playoffs.

Persistência e treino

De acordo com o autor, ele sempre foi a primeira pessoa a aparecer nos treinamentos, muitas vezes machucado e antes que as luzes do ginásio fossem acesas. Em algumas ocasiões, isso ocorria 5 horas antes de o treino se iniciar. Em certa ocasião, Bryant se aqueceu, antes de treinar das 4h20 às 11 horas, se recusando a sair antes de completar 800 tiros.

O atleta sempre se preparava por meio de treinos inteligentes. Porém, à medida que envelhecia, a sua rotina pós e pré-jogo evoluía. Bryant treinava, já no ensino médio, das 5  às 7 horas – antes de as aulas começarem. Além disso, ele costumava desafiar os seus colegas para partidas individuais. Kobe era igualmente obsessivo fora das quadras.

Certa vez, como empresário, ligou e enviou mensagens para vários empreendedores e homens de negócio em busca de compreender o seu sucesso. Isso ocorria, por vezes, às 3 horas da manhã. Bryant fundou a sua própria empresa e, assim, produziu um documentário animado que foi agraciado com um Oscar!

Ademais, ele aprendeu a reproduzir a peça “Moonlight Sonata”, de Beethoven, sem jamais aprender sobre partituras, ou seja, totalmente “de ouvido”. É inegável que Kobe estava hiperfocado em sua jornada até a grandeza. Reflita: quanto disso tudo pode ser atribuído à mera “habilidade inata”?

O medo de fracassar

Além de dominá-lo, é necessário aceitar o fracasso como parte integrante dos processos de aprendizagem. Os fracassos são inevitáveis e, quando o caminho certo é adotado, ele tem muito a ensinar a respeito das melhorias imprescindíveis.

Segundo Bryant, se ele quisesse implementar alguma novidade em seu jogo, ele a visualizava e tentava incorporá-la de imediato. Ele não receava ser derrotado ou se sentir envergonhado, pois sempre focou em tentar algo que, uma vez que conseguisse, representaria outra ferramenta em seu arsenal. Caso o preço fosse muito alto, ele estava bem com isso.

Esses princípios são tão relevantes que devem ser lembrados continuamente, pois o que inibe muitas pessoas de atingirem o sucesso e perseguirem seus próprios objetivos é a vergonha de si mesmos ou o medo de fracassar.

Kobe se deu conta de que, se quisesse melhorar e aprender coisas novas, fracassaria nas tentativas iniciais. Porém, por meio de tentativas e repetições, melhoraria substancialmente. Ao entender isso, o fracasso se tornará uma ferramenta imprescindível para o seu autoaprimoramento.

A superação de obstáculos

Nosso autor explica que nunca se importou com a existência da dor, uma vez que ela era suportável – desde que a lesão não piorasse. Se isso ocorresse, ele lutaria, com toda a sua força mental contra a dor.

Com efeito, a mentalidade Mamba pode ser comparada a uma barreira contra a derrota, à medida que o único resultado concebível é a vitória e o compromisso de fazer tudo o que é preciso para isso. O único elemento imutável, porém, deve ser essa obsessão pelo triunfo.

Confiança para controlar as distrações

Para chegar ao nível de excelência de Bryant, sua mente deve estar focada apenas naquilo que mais lhe interessa. No caso de nosso autor, isso era o basquete. No entanto, se você almeja ser ótimo em uma determinada área, deve ficar altamente obcecado por ela.

Há muitos indivíduos que dizem desejarem ser ótimos, porém, não estão dispostos a realizar os necessários sacrifícios para atingir a grandeza. Trabalhar com afinco no escuro visando brilhar na luz é, certamente, uma das conclusões principais desta obra.

Os bons treinadores, contudo, ensinam seus discípulos a treinar, fornecendo as ferramentas básicas e necessárias para a execução adequada de suas tarefas. Bryant, por exemplo, errou mais arremessos do que quaisquer outros jogadores – e foi precisamente isso que o fez ser tão bom.

Kobe foi o primeiro atleta a admitir publicamente ter perseguido Michael Jordan, bem como todos os atletas de sua geração. No seu estilo de jogo, Kobe levou a natureza competitiva de seu ídolo a um ponto final lógico.

Notas finais

Para além de sua obsessão e do desejo de melhorar cada vez mais, superando os seus próprios limites, um elemento fundamental na mentalidade Mamba – e que pode ser aplicado por todos – consiste na importância e aceitar o erro e o fracasso como partes de um processo complexo de aprendizado.

Lembre-se de que, embora o fracasso seja inevitável, ele pode nos oferecer valiosos ensinamentos sobre como ser melhor que nossas próprias vitórias. Isto é, caso deseje aprender algo novo ou melhorar, é provável que você falhe em suas primeiras tentativas. Contudo, por meio do esforço e da repetição contínua, evoluirá.

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